sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

A HORA DA RENEGOCIAÇÃO


“Precisamos virar a página da renegociação das dívidas do cacau, pensar agora em diversificação da produção e agroindustrialização, promovendo o desenvolvimento e gerando renda e riquezas para a região Sul do Estado”, declarou o secretário estadual da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, durante reunião da Câmara Setorial do Cacau, nesta quinta-feira, 10, na Ceplac, em Ilhéus. Durante o encontro, foi constituído um mutirão – com a participação de todos os representantes da cadeia produtiva do cacau – para operacionalizar a renegociação das dívidas do maior número de cacauicultores baianos possível. Também foi eleito, como novo secretário executivo da Câmara Setorial do Cacau, Isidoro Gesteira, presidente do Sindicato Rural de Ilhéus.

Composto pela Secretaria da Agricultura, Fetag, Fetraf, Faeb, Ceplac, Polo Sindical, MAPA, outras secretarias e agentes financeiros (Desenbahia, Banco do Nordeste, Banco do Brasil), o mutirão é uma espécie de força tarefa que vai estar mobilizada até 30 de maio deste ano, o prazo dado – e não prorrogável – para os cacauicultores assinarem o termo de adesão da renegociação das dívidas.

Conforme Salles, é preciso que os cacauicultores estejam livres das dívidas para a região Sul começar a pensar em agroindustrialização e diversificação da produção. “Embora a Bahia seja um estado com grande diversidade produtiva, passou muitos anos sem promover a agroindustrialização. Nessa região, outras culturas, como a do dendê e a fruticultura, têm grande potencial produtivo”.

Na opinião de Jay Wallace a adesão à renegociação das dívidas vai ser massiva, pois as condições são favoráveis. “Os cacauicultores têm oportunidade agora de sanar as dívidas e, definitivamente, melhorar a sua condição financeira. Para isso, contam com nosso apoio e do Governo do Estado”, declarou.

Para o secretário, é preciso agregar valor aos produtos, o que vai permitir o desenvolvimento da região. Ele lembra que, recentemente, através de um esforço da Secretaria da Agricultura, foi efetivado um pedido para a China de produtos da primeira fábrica de chocolate da agricultura familiar, em Ibicaraí. “Nossos produtos têm tudo para alcançar outros mercados, temos um caminho muito grande a ser trilhado”, considerou.

Outra vitória apontada pelo secretário é a participação da Bahia no Salon Du Chocolat, já realizado em Nova York, Tóquio, Pequim, Moscou e Xangai. O Salão acontece em julho do próximo ano, nas cidades de Salvador e Ilhéus, e vai colocar a Bahia no circuito internacional do chocolate. Além disso, terá um diferencial aos demais eventos realizados em outros países, pois vai promover um fórum fechado, reunindo os maiores chocolateiros do mundo, além de visitas a fazendas de cacau.

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