quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Cada qual com sua cruz



A mãe chora a morte do filho, Isaias Lima da Cruz, o Mudo. O jovem tinha várias passagens pela polícia, sempre pela prática de pequenos furtos, para alimentar o vício no crack.

A cruz que Isaias leva no sobrenome, é a cruz de uma violência absurda, que tem a droga como causa e conseqüência.

Isaias Lima da Cruz foi o 30º. itabunense assassinado nestes primeiros 40 dias de 2011.

Sangue, morte, dor e desespero, na rotina de uma cidade sem paz.

Trinta cruzes, trinta vidas que se foram.

Tantas outras cruzes de outras tantas vidas que ainda irão, nessa explosão de crimes motivados especialmente pelo tráfico de drogas.

Chora a mãe de Isaias, choram as mães que tem seus filhos mortos ainda na juventude.

Lágrimas não têm o poder da ressurreição.
Deveriam ter o pode de causar indignação e, mais do que isso, gerar providências para conter essa escalada de violência.


Indescritível a dor de da mãe que se vê, impotente, diante do corpo do filho morto.

Cada qual com sua cruz. 30 cruzes numa cidade sombria.


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