quinta-feira, 29 de julho de 2010

A diferença entre 2010 e 2006


Faltando praticamente dois meses para a eleição que vai definir quem governará a Bahia entre 2011 e 2014, três nomes se apresentam com chances reais de vencer a disputa.

A julgar pelo que apresentam os números dos principais institutos de pesquisas do país, a eleição será disputada para valer entre o atual governador Jaques Wagner, do PT, Paulo Souto, do DEM e Geddel Vieira Lima, do PMDB.

Esses números, com pequenas variações, apontam Wagner como favorito, capaz de vencer já no primeiro turno, ao passo que Souto e Geddel protagonizam uma disputa pelo segundo lugar, o que só terá alguma serventia se ambos tiverem votos suficientes para levar a disputa para o segundo turno.

Pesquisa é apenas pesquisa, números são apenas números, retratos de um momento.

Eleição se define é nas urnas e a prova disso é o próprio Jaques Wagner, que em 2006 sepultou todos os prognósticos e venceu Paulo Souto, então tido como imbatível, já no primeiro turno.

É esse o argumento que hoje, diante da liderança de Wagner, vem sendo utilizado pelos aliados de Souto e Geddel.

Se os prognósticos falharam uma vez, porque não poderão falhar de novo?

Mas, ainda que o raciocínio seja plausível, existe pelo menos uma diferença: em 2006, Souto representava um projeto de governo que comandava a Bahia por quase duas décadas, com visíveis sinais de desgaste junto à população e Wagner catalisou o desejo latente de mudança.

Já em 2010, Jaques Wagner representa um projeto em fase de consolidação, com inegáveis avanços sociais e econômicos, e uma profunda transformação no estilo de governo.

Evidente que existem problemas, como a segurança pública, por exemplo, mas essa é uma área onde não se produzem milagres, pois não se trata de uma questão meramente policial e passa também por programas de inclusão, que demandam tempo para que se colham os frutos.

São, portanto, situações distintas

A propaganda eleitoral no rádio e na televisão, considerada fundamental pelos três candidatos, servirá como reforço para que Wagner apresente esses avanços de forma objetiva para a população.

Servirá, também, para que Paulo Souto tente desconstruir Wagner e mostre que a Bahia andava bem mesmo nos tempos do carlismo. E para que Geddel se apresente como uma alternativa a Wagner e Souto, de olho num eventual e imprevisível segundo turno com o atual governador.

Apesar o favoritismo de Jaques Wagner, os próximos sessenta dias prometem fortes emoções, até que as urnas sejam abertas e prevaleça aquilo que é a essência da democracia: a vontade do eleitor.

Um comentário:

Unknown disse...

Geddel tem demonstrado muito empenho e acho que ele vai surpreender nessa eleição! Trabalhando para isso ele está! O fato de ser baiano, nunca ter sido governador e ter feito um bom trabalho como ministro do governo Lula, vai ajudar a conquistar o voto do eleitor!