sexta-feira, 30 de julho de 2010
JOGO DE VOLTA
O Vitória deve erguer as mãos para os céus a agradecer por ter perdido de 2x0 para o Santos, no primeiro jogo da decisão da Copa do Brasil.
Alguém tomar o sacrossanto tempo de Deus por causa de um jogo e ainda por cima agradecer por ter perdido?
Sim, porque perder de 2x0, diante do que se viu durante a partida, foi um presente, digamos, divino para o Vitória e ao mesmo tempo um castigo para o Santos, que poderia ter aplicado uma goleada monumental nos baianos e transformar o jogo de volta em mera formalidade.
Como não houve a goleada, o jogo de volta, semana que vem em Salvador não terá nada de formalidade, ainda que o Santos desembarque na Bahia com ares de favorito.
É que, em casa, o Vitória costuma enfrentar de igual para igual -e na maioria da vezes levar vantagem- contra os chamados grandes times do Brasil.
Não será fácil tirar uma diferença de dois gols, ainda mais com a obrigação de não tomar nenhum para levar a decisão para os pênaltis. Ou então abrir uma diferença de três gols para levar o título sem a agonia das penalidades máximas.
Mas, se tiver sobrado ao Vitória um restinho da imensa sorte do jogo de ida, o time baiano pode até conquistar o mais importante título de sua história. O jogo de volta é também o jogo da vida do Vitória.
Das finais da Copa do Brasil para as semifinais da Copa Libertadores.
Deus deveria estar muito afim de futebol na quarta-feira. Porque o São Paulo também tem que erguer as mãos para os céus e também agradecer por ter perdido só de 1x0 do Internacional. Os gaúchos mereciam, no mínimo, um 3x0.
O São Paulo, tricampeão do Mundo, tricampeão da Libertadores, pentacampeão do Mundo, jogou como um timezinho mulambento de décima categoria, rezando para o jogo acabar num 0x0 e levar a decisão para o jogo de volta, no Morumbi.
Levar até que levou, porque dá para reverter o placar magro que o Inter fez em Porto Alegre. Mas, vai ter que reaprender e jogar como o time grande que é.
Não será o jogo da vida do São Paulo, com seu rosário de títulos. Será sim, o jogo para apagar aquela vergonha do jogo de ida.
Não é sempre que se pode contar uma providencial mãozinha do além.
JOGO SEM VOLTA
Será que o caso Bruno, com tantas contradições providencialmente orientadas pelos advogados e sem um corpo para confirmar o homicídio, vai acabar numa imensa marmelada, como se diz no futebolês?
Mesmo com o indiciamento de todos os envolvidos, não duvidem, não duvidem.
Esse é um jogo que não tem volta apenas para Eliza Samudio.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário