quarta-feira, 9 de junho de 2010

Vai começar a festa


A partir desta quinta-feira e pelos próximos trinta dias, os olhos do mundo estarão voltados para a África do Sul.

O país que se isolou do planeta por conta do vergonhoso “apartheid”, renascido para a igualdade racial graças ao mitológico Nelson Mandela, agora é o palco do maior espetáculo esportivo da Terra: a Copa do Mundo de Futebol.

Trata-se da primeira copa no continente africano, misto de pobreza, disputas tribais, ditadores de fancaria, mas de uma alegria contagiante.

A África do Sul é quase uma ilha em meio ao continente miserável. Ainda assim convive com graves problemas sociais, fruto de décadas de segregação racional.

Isso deixa de ter importância a partir do momento em que começa a festa de abertura da Copa e em seguida a bola comece a rolar.

São 32 seleções divididas em oito grupos. Em tese, o que há de melhor no mundo do futebol. Na prática nem tanto, já que a divisão de vagas por continentes, exclui equipes tradicionais e inclui times marca-bufa.

África do Sul, México, Uruguai e França.
Argentina, Nigéria, Coréia do Sul e Grécia.
Inglaterra, Estados Unidos, Argélia e Eslovênia.
Alemanha, Austrália, Sérvia e Gana.
Holanda, Dinamarca, Japão e Camarões.
Itália, Paraguai, Nova Zelândia e Eslováquia.
Brasil, Portugal, Costa do Marfim e Coréia do Norte.
Espanha, Suíça, Honduras e Chile.

Não precisa de bola de cristal para afirmar que algumas dessas seleções, como Brasil, Argentina, Alemanha e Espanha entram em campo na condição de favoritas.

Outras, como Nova Zelândia, Coréia do Norte, Austrália e Honduras serão meras coadjuvantes, candidatas a goleadas monumentais.

E há ainda candidatas a surpresa, como Itália, Holanda, França, Inglaterra e, talvez, Costa do Marfim e Gana.

No continente africano, talvez aja espaço para uma “zebra”, com uma seleção que rompa o seleto grupo de seleções que já ganharam a Copa, composto pelo Brasil (cinco), Itália (quatro), Alemanha (três), Argentina (duas), Uruguai (duas) Inglaterra (uma) e França (uma).

Ou talvez seja o ´mais do mesmo´ com a vitória de uma seleção tradicional, como o Brasil.

O que se espera, com tantas seleções em ação, é que tenhamos bom futebol, artigo raro em copas recentes.

Que os deuses da bola sejam generosos e que essa seja a copa do talento e não da correria.

Da arte e não da força.

Enfim, que esta seja uma festa do futebol!

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