quinta-feira, 4 de março de 2010

Canção do Adeus


Colo Colo: 11 jogos, 3 vitórias, 1 empate e 7 derrotas. 14 gols marcados e 25 sofridos. Último colocado do seu grupo.

Itabuna: 11 jogos, 2 vitórias, 1 empate e 8 derrotas. 7 gols marcados e 16 sofridos. Último colocado do seu grupo.

Esse é o melancólico saldo da participação das duas equipes sulbaianas no Campeonato Baiano de 2010. Mesmo faltando uma rodada para o encerramento da fase de classificação, ambos já estão condenados ao “Torneio da Morte”, que terá quatro equipes lutando não pelo glorioso (nem tanto, nem tanto!) título de campeão, mas para não despencar à mambembe 2ª. Divisão.

Colo Colo e Itabuna, rescaldo de uma rivalidade que hoje nem faz tanto sentido, afundaram abraçados, para desespero de torcedores apaixonados, que costumam lotar o Estádio Mario Pessoa e o Estádio Luiz Viana Filho, na eterna ilusão de que o titulo baiano não é apenas miragem, mas algo possível.

Em 2010, bastaram algumas rodadas para que essa conquista se configurasse como algo absolutamente impossível.

Dessa vez, não houve milagre nem arrancada para a classificação na reta final.



Salvo o triunfo ilusório (e, percebeu-se logo depois, acidental) do Itabuna sobre o Vitória, os dois times regionais amargaram derrotas e goleadas, algumas delas para times ´marca bufa`, numa competição que tem mais desnível técnico do que propriamente nível técnico.

Precisa ser ruim, mas muito ruim mesmo, para conseguir ficar na lanterna num campeonato que tem galinhas mortas do tipo Feirense, Bahia de Feira, Ipitanga e Camaçari.

Colo Colo e Itabuna, irmanados na desgraça, seguiram regiamente a cartilha que leva ao fracasso: trocaram de técnico como certos políticos trocam de partido, montaram, desmontaram e remontaram o elenco ao sabor dos resultados.

Nota zero em planejamento.

Dentro de campo, foi a pasmaceira que se viu, a cada jogo um mergulho rumo ao abismo.

A conquista do título, para Colo Colo e Itabuna foi apenas uma breve ilusão.

Agora é juntar os cacos, arrancar forças do fundo da alma e lutar pela única coisa que lhes resta: salvar a honra e evitar a queda para a Segunda Divisão, essa sombria zona de ninguém.

Na atual conjuntura, é melhor a Canção do Adeus do que a Marcha Fúnebre.

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