sábado, 20 de junho de 2009

Pulando a fogueira. E a cachaça também


A partir deste final de semana, a Bahia e o Nordeste entram em clima de São João, festa que por aqui tem uma dimensão diferente de outras regiões do Brasil.
O São João é, arrisco dizer, um evento das mesmas proporções do Carnaval, sem tanta permissividade.

O diferencial é que, ao contrário dos festejos carnavalescos, as festas juninas são realizadas principalmente nas pequenas e medias cidades.
Com isso, dá-se o fluxo das capitais e grandes cidades para acolhedoras cidadezinhas do interior.

É assim no Sul da Bahia, onde as principais festas de São João acontecerão em Itororó, Ibicuí, Itagibá, Almadina e Uruçuca.
Isso significa que milhares de pessoas estarão pegando as estradas para passar o São João fora do eixo Ilhéus-Itabuna.

É aí que mora o perigo.

Apesar do nome dos santos, o São João e também o São Pedro, se transformaram em mega-eventos, com shows musicais e o inevitável consumo de bebidas alcoólicas, do tradicional licor à inevitável cerveja. Bebe-se e bebe-se muito durante esses shows, que costumam reunir milhares de pessoas.

Como as pequenas cidades não oferecem estrutura para abrigar tanta gente, muitos resolvem retornar para casa, ou procurar uma cidade maior nas proximidades, após o encerramento da festa. Isso depois de ter dançado, brincado e bebido a noite toda.

Daí que é preciso, mais uma vez, apelar para o bom senso. Quem for dirigir, ou fica na cidade onde está e só volta no dia seguinte, ou pula a fogueira e também pula a cachaça.

As estatísticas apontam que o número de acidentes cresce nos períodos de festa e de feriados prolongados. O São João é uma festa e o feriado, mesmo não sendo prolongado, será esticado do mesmo jeito.

Não basta a Polícia Rodoviária intensificar a fiscalização e usar o bafômetro se as pessoas que forem dirigir não tiverem a consciência de que bebida e direção não combinem, por mais que os fatos demonstrem isso de forma trágica.

Opções para aproveitar o São João, com atrações para todos os gostos (e a maioria delas de graça, o que é melhor) não faltam.

É escolher a cidade, reunir a família e os amigos e aproveitar essa festa que tem a cara do Nordeste.

E lembrar sempre que o carro e a bebida devem ficar sempre longe um do outro.

É um casamento que Santo Antonio não aprova.

Nem São João, nem São Pedro.

Santo nenhum!

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SANTA INSEGURANÇA

Quem também adora cidade vazia e festa em que boa parte das pessoas viaja é o famoso “amigo do alheio”, popularmente conhecido como ladrão.

Se não for demais, vamos pedir aos santos festejados que, além da festa, arranjem um
tempinho para velar por nós e por nossas casas.

Amém.

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