terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Uma missão, um desafio


O número é assustador, absurdo, terrível: nestes primeiros dezoito dias de 2011, vinte e uma pessoas foram assassinadas em Itabuna. A média é mais de um homicídio por dia, o que coloca a cidade entre as mais violentas do país.

Posto que Itabuna é regra e não exceção, nada mais natural portanto que ao anunciar o novo secretariado, que inclui vários nomes do primeiro mandato, o governador Jaques Wagner decidisse promover a mudança no comando da Secretaria de Segurança Pública.

Se vale a regra de que em time que está ganhando não se mexe, em time que está perdendo é preciso mexer.

E a despeito dos vultosos investimentos feitos na área de segurança pública pelo Governo da Bahia, incluindo a ampliação do efetivo policial, a aquisição de viaturas e equipamentos e a modernização da estrutura, a SSP estava perdendo a guerra para o crime.

Sai César Nunes e entra Maurício Barbosa. O novo titular da Segurança Pública na Bahia é delegado de Policia Federal, com experiência no combate ao crime organizado e ao tráfico de drogas.

Maurício Barbosa assume com uma missão e um desafio.

A missão de reduzir os elevados índices de violência na Bahia, o que demanda novos investimentos em pessoal e estrutura e um eficiente serviço de inteligência, dando aos cidadãos de bem da Bahia a possibilidade de levar uma vida sem tantos sobressaltos, posto que hoje ninguém está seguro, seja em casa, seja na rua.

E o desafio de fazer com que esses investimentos que já estão sendo feitos e que necessitam ser ampliados resultem numa polícia coesa, imune à corrupção e focada no combate à criminalidade, em que haja uma linha bem definida que separa o policial do bandido.

Um trabalho que passa, necessariamente, por uma luta sem tréguas contra o tráfico de drogas, responsável direto e indireto pela esmagadora maioria dos assassinatos.

Em Itabuna, por exemplo, das duas dezenas de mortes deste sangrento início de 2001, pelo pelos 16 estão associadas ao tráfico e/ou consumo de drogas, o onipresente crack reinando soberano.

Desejar boa sorte ao novo secretário de Segurança Pública é retórica inútil e desnecessária.

O que ele, e todo o efetivo do setor de segurança pública da Bahia e demais integrantes do governo precisam (porque a violência não é apenas uma questão de segurança) é de trabalho, muito trabalho.

Essa é uma guerra a ser travada -e vencida- a cada dia.

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