sábado, 4 de dezembro de 2010

O FUTURO CHEGA DE TREM


O presidente Lula desembarca na próxima semana em Ilhéus. Acompanhado do governador Jaques Wagner, ele vem participar da solenidade que marca o início das obras da Ferrovia Oeste-Leste.

Certamente será recebido com muxoxos por parte de ambientalistas, mas é merecedor de aplausos de toda a população sul-baiana, pelo que a construção da ferrovia representa, num Complexo Intermodal que envolve também a implantação do Porto Sul, do novo aeroporto de Ilhéus e de uma Zona de Processamento de Exportações.

A Ferrovia Oeste Leste, com 1.500 quilômetros de extensão, vai ligar o Sul da Bahia ao Oeste do Estado e às regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil, trazendo o minério e a produção agropecuária de uma área que se estende de Caitité a Barreiras, para serem embarcados via Ilhéus. Além disso, estabelece um canal de ligação com a Ferrovia Norte-Sul, a Estrada de Ferro Carajás e o Oceano Pacífico, via Peru.

Os investimentos para a construção da ferrovia, incluídos no Plano Aceleração do Crescimento (PAC), chegam a R$ 6 bilhões até 2012. O Complexo Intermodal vai trazer desenvolvimento, pois terá a capacidade de atrair um pólo industrial, que por extensão atrairá pólos comerciais e prestadores de serviços, com potencial para gerar milhares de empregos.

O Complexo Intermodal é um daqueles empreendimentos capazes de mudar para melhor a história de uma região.

E torna-se fundamental numa região como o Sul da Bahia, mergulhada há duas décadas numa crise provocada pela vassoura-de-bruxa, doença que afetou drasticamente a lavoura cacaueira, com as conseqüências típicas de uma economia lastreada na monocultura.

Com a presença Lula em Ilhéus para dar início às obras da ferrovia, pode-se dizer que o futuro chega de trem.

Um futuro que cabe a cada um de nós construir, dentro daquele espírito empreender que é característico dos sulbaianos.

O que não se pode nem se deve é ficar observando a vida da janela, enquanto a locomotiva do desenvolvimento passa, puxando os vagões das oportunidades que surgirão nos trilhos da ferrovia, nas esteiras do porto e nas potencialidades da ZPE, além da própria recuperação da lavoura, a partir da eliminação de entraves burocráticos que empacam o PAC do Cacau.

Um comentário:

Isis Thame disse...

Concordo com você. Essa região merece tudo de bom que está por vir. Que falem os ambientalistas com as suas falsas defesas (falo aqui especialmente do IBAMA) que em minha região é inoperante.
Sem querer ser antiecológica, essa construção é bem melhor do que uma reserva controlada pelo Instituto do Meio Ambiente, que afinal de contas também é controlado por Lula.
DESENVOLVIMENTO OU PRESERVAÇÃO?