quinta-feira, 11 de novembro de 2010

PERIGOSAMENTE, IRRESPONSAVELMENTE


No final de semana, um jovem de apenas 22 anos, que estava parado numa moto, ao lado da namorada, foi atingindo por um motorista, que dirigia um veículo e, de acordo com testemunhas, estava visivelmente embriagado.

O mototaxista foi arrastado pelo condutor do veículo, que trafegava na contramão.

O resultado do acidente foi trágico para o jovem, que teve parte da perna amputada.

Como se recusou a fazer o teste do bafômetro, o motorista causador do acidente vai responder na justiça por lesões corporais.

E o jovem que perdeu parte da perna é que vai pagar o preço, alto, da imprudência alheia.

Imprudência.

Essa é a palavra que explica esse e inúmeros outros acidentes, que fazem do trânsito brasileiro um dos mais violentos do mundo, que mata e aleija em escala industrial.

Imprudência que se revela em excesso de velocidade, ultrapassagens arriscadas e no completo desrespeito às leis de trânsito.

E ela está presente tanto nas rodovias estaduais e federais quanto nas áreas urbanas.

Uma imprudência que, potencializada pelo consumo de bebida alcoólica, eleva às alturas o seu potencial destruidor.

Não é exagero dizer que o álcool é a força motriz da imprudência, porque estimula os abusos e reduz o nível de concentração.

Acidentes e mortes que poderiam ser evitados tornam-se inevitáveis, com as conseqüências trágicas que todos conhecem.

Lamentavelmente esse misto de imprudência e consumo de bebida alcoólica é mais comum entre os jovens, que em nome de uma suposta rebeldia e de um desejo de liberdade completamente equivocados, transformam os veículos em máquinas mortíferas.

Jovens que abreviam a própria vida e a vidas dos outros, quando deveriam aproveitar a vida de maneira saudável.

Viver intensamente, nessa fase tão especial como a juventude, não significa viver perigosamente.

E muito menos viver irresponsavelmente.

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