segunda-feira, 9 de agosto de 2010

TE VI NA TEVÊ


Semana que vem começa o horário eleitoral gratuito na televisão e no rádio.

Serão 45 dias de bombardeio midiático, em que cada candidato vai tentar convencer o eleitor/telespectador de que merece o seu voto nas eleições de outubro.

Embora tenhamos eleições para presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual, as atenções estarão mesmo voltadas para a escolha de quem vai ocupar comandar os destinos do Brasil e da Bahia a partir de janeiro de 2011.

A julgar pelo que mostram as pesquisas de intenção de voto, tanto em nível de Brasil quanto em nível de Bahia, o horário eleitoral gratuito será uma espécie de ´caça aos líderes´, no caso os petistas Dilma Roussef e Jaques Wagner, respectivamente.

Dilma Roussef, depois de passar um longo período atrás de José Serra, passou o candidato do PSDB e nas últimas pesquisas abriu uma vantagem entre 5 e 11 pontos, a depender do instituto.

Isso evidentemente não estava nos planos dos demo-tucanos e nem dos barões da imprensa, que não conseguem disfarçar sua predileção por José Serra. A revista Veja, os jornais o Globo, Folha e Estadão, por exemplo, deverão funcionar como apêndices da campanha de Serra, gerando ´denuncias´ que serão repercutidas no horário eleitoral.

Daí que, enquanto Dilma usará o horário eleitoral para colar ainda mais a sua imagem na do presidente Lula (seu mentor e principal cabo eleitoral), ao passo que Serra, além de mostrar a sua propalada experiência, centrará fogo em Dilma e no PT, já que não cometerá o desatino de atacar Lula.

Na Bahia, as últimas pesquisas, especialmente a do Ibope, mostram que Wagner pode vencer a eleição no primeiro turno, já que Paulo Souto passa por um processo de desidratação e Geddel não consegue herdar esses votos que estão migrando do ex-governador.

A campanha na tevê e no rádio será de uma obviedade ululante: Wagner, além do inestimável apoio de Lula, vai mostrar os avanços de seu mandato, principalmente na área social, onde realiza uma espécie de ´revolução silenciosa´, melhorando a vida de milhões de baianos.

Souto e Geddel, cada qual à sua maneira, vão centrar fogo na questão de segurança, tentando a todo custo levar a eleição para o segundo turno.

Além do confronto com Jaques Wagner, Souto e Geddel travarão uma batalha particular. Souto para se manter em segundo e Geddel tentando ultrapassar o ex-governador. Uma batalha em que ambos terão que somar votos suficientes para evitar que Wagner liquide a fatura já no primeiro turno.

É esperar que entre mortos e feridos (no sentido figurado da expressão), a ética, o respeito e o bom senso saiam ilesos da batalha eleitoral que se avizinha.

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