segunda-feira, 27 de julho de 2009

ITABUNA


No princípio era um rio, às vezes caudaloso, às vezes sereno, em seu caminho inexorável rumo ao mar; rasgando a natureza exuberante e cortando a mata que já recebia um fruto que durante décadas muitos acreditaram ser de ouro.

E tinham motivos de sobra para isso.

Às margens desse rio, que em alguns de seus trechos mais parecia uma cachoeira, surgiu um amontoado de casas modestas.

Que se transformaram num povoado, depois numa vila, depois numa cidade, depois numa metrópole...

Itabuna!

99 anos de história a partir de sua emancipação de Ilhéus.

Uma historia que começou antes mesmo da emancipação, com os desbravadores, que com coragem, sacrifício e espírito empreendedor construíram as bases de uma cidade única em sua capacidade de superar crises, de se redescobrir.

Se Itabuna pudesse escolher a marca que a caracterizasse, essa marca seria indubitavelmente o empreendedorismo.

Geração após geração, Itabuna produz pessoas com dinamismo suficiente para mantê-la como uma das principais cidades da Bahia e do Nordeste, um pólo econômico em que gravita no seu entorno quase uma centena de municípios.

A Itabuna que um dia foi a Capital do Cacau, abateu-se com a decadência do fruto que perdeu o brilho, mas se reinventou como pólo comercial e prestador de serviços e se firmou como referencial na saúde, no ensino superior.

Itabuna que pulsa, que vibra.

Cidade aberta, que trata com o mesmo carinho seus filhos e os filhos que se deixaram adotar por ela.

Cidade de gente que celebra a vida, nos bares lotados, na conversa despretensiosa, nas madrugadas boêmias.

Cidade do shopping, que lhe deu ares cosmopolitas; dos prédios que avançam aos céus, como que mostrando a sua capacidade de romper limites, de sonhar sempre, de ousar.

Itabuna de tantos nomes, que misturaram suas histórias de vida com a História de uma cidade viva.

Itabuna, dos problemas que não podem ser ignorados, com sua periferia pobre e desassistida, dos milhares de excluídos sociais, dos governantes sem compromisso com a cidade.

Mas, uma Itabuna infinitamente maior do que seus equívocos e seus problemas.

Uma Itabuna que nos orgulha, cidade-menina entrando na contagem regressiva de seu primeiro centenário.

Feito o rio que lhe viu nascer, ainda frágil e insegura, uma cidade que segue seu rumo inexorável rumo ao futuro que construímos a cada dia.

A nossa cidade.

Itabuna!

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