quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

MAIS UMA ESPERANÇA?


Pesquisa aponta nova perspectiva
para o controle da vassoura-de-bruxa


Com o trabalho de pesquisa Fluído apoplástico foliar do cacau – uma nova perspectiva para seleção de plantas resistentes à vassoura-de-bruxa do cacaueiro, a doutoranda pelo Programa de Pós-graduação em Genética e Biologia Molecular da UESC – Universidade Estadual de Santa Cruz (Ilhéus/BA), Heliana Argôlo Santos Carvalho, tem importante participação na geração de ferramentas tecnológicas que para o controle da principal doença que infesta os cacauais do Sul da Bahia, a vassoura-de-bruxa, com reflexos negativos na economia regional.
O trabalho conquistou o 2º lugar no Concurso Idéias Inovadoras-2008, na Categoria Doutorandos, e está sendo desenvolvido em três níveis, no Centro de Genética e Biologia Molecular da Universidade. O primeiro deles consiste no estabelecimento de dois novos protocolos de extração de proteínas nativas e desnaturadas de folhas e meristemas do cacaueiro. Esses protocolos são considerados de grande utilidade para o desenvolvimento de ações de pesquisa básica e para a identificação de proteínas envolvidas na resistência do cacaueiro ao seu maior patógeno – o Moniliophthora perniciosa – fungo causador da vassoura-de-bruxa.
O segundo nível da pesquisa está relacionado à fixação de um novo protocolo de extração de fluído apoplástico de cacau. “Sabe-se que o apoplasto tem um papel importante nos mecanismos de defesa da planta e responde a estresses bióticos e abióticos, como poluição atmosférica, toxicidade por metais pesados, seca, infecção por patógenos, entre outros. E que a maioria das modificações no fluído apoplástico, induzidas pelo estresse, está relacionada com o aumento da expressão de proteínas de defesa”, explica a pesquisadora.
O terceiro nível de inovação diz respeito à utilização do fluído apoplástico do cacaueiro para identificar e selecionar, precocemente, variedades da planta resistentes à vassoura-de-bruxa. Assim, segundo a pesquisadora, “esse teste precoce poderá ajudar os melhoristas e produtores a selecionar plântulas de cacau resistentes, nas diferentes progêmies em desenvolvimento, tanto nas instituições de pesquisa quanto em nível de propriedade agrícola”.
No seu trabalho de pesquisa, Heliana Carvalho tem a participação de Lívia Santana dos Santos e Thyago Hermylly Santana Cardoso, ambos alunos de graduação em Biologia e bolsistas de Iniciação Científica da UESC.

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