Há mais um menos uma década, Itabuna ganhou repercussão nacional e internacional com o casamento de Ferreirinha, beirando os 70 anos, com a adolescente Yolanda, em seus tenros 14 aninhos.
Ferreirinha posava de garanhão grapiúna e dava entrevistas para Deus e o mundo, mas Yolanda não abria a boca.
Fotografias posadas ao lado de Ferreirinha, tipo casal feliz, então, nem pensar.
Como colocar Ferreirinha no jornal era assunto velho, eu e Manoel Leal decidimos que Yolanda faria a foto do casal, mesmo tendo que chutar a canela da ética. E lá fomos nós para a casa do velho garanhão.
Ferreirinha nos recebeu de braços e portas abertas, mas foi logo cortando qualquer esperança. Yolanda não falaria nem tiraria fotos.
Foi aí que veio a luz.
Virei pra Manuel Leal e falei: “vamos dizer que a reportagem é pra revista Contigo”.
A Contigo era uma espécie de Caras da época. Meu sotaque de paulista abriu as ´porrrrrrrrrrrrrrtas´ e, como era pra Contigo, Yolanda tirou fotos que davam para encher uma edição da revista e ainda falou de sua relação (ops!) com Ferreirinha.
A proeza, primeira foto e entrevista do casal juntos, fez com que exemplares de A Região pousassem no SBT e despertasse a atenção do programa Jô Onze e Meia, um sucesso monumental de audiência na emissora de Silvio Santos.
Ferreirinha deu uma entrevista impagável a Jô Soares, onde revelou suas proezas de conquistador, atribuiu sua potência sexual ao suco de cacau (na verdade, quem pediu pare ele dizer isso foi Manuel Leal) e levou a platéia que acompanhava a gravação ao delírio ao revelar que havia noites em que Yolanda, exausta, era quem pedia para ele parar...
Exausta Yolanda deve ter ficado mesmo foi de tanto esperar a tal reportagem na Contigo, com direito a foto de capa, já que se é pra prometer o impossível, a gente promete o impossível e mais um pouco.
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