terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Ora, bolas! Ora, bolinhas!



Beira o ridículo essa batalha campal para decidir quem é o legítimo dono da chamada Taça das Bolinhas, prêmio oferecido pela Caixa Econômica Federal ao time que atingisse a marca de cinco títulos do Campeonato Brasileiro.

Em tese, o Flamengo adquiriu esse direito, ao ganhar a Copa União em 1987, ano em que a CBF não promoveu o Campeonato Brasileiro, mas depois definiu que a Copa União seria Módulo Verde, agrupou outros times num Módulo Amarelo e encasquetou que o campeão e o vice de cada módulo se enfrentariam para decidir, enfim, quem seria o Campeão Brasileiro de 87.

O Flamengo bateu o Internacional na final por 1x0, se auto-proclamou Campeão Brasileiro, ou melhor, pentacampeão, fazendo jus portanto a tal Taça das Bolinhas. Ocorre que, para a CBF, oficialmente, o campeão de 87 foi o Sport Recife.

O título de 1987 virou uma pendenga judicial e a Taça das Bolinhas ficou esquecida, até que o São Paulo ganhou seu quinto título brasileiro (em seguida, ganharia o sexto) e solicitou que a Caixa lhe entregasse o laurel.

A barafunda se arrastou até a semana passada, quando o time paulista finalmente se apossou da Taça das Bolinhas.

Fim de jogo?

Qual nada! Nesse circo que é o futebol brasileiro, na segunda-feira (motivada por uma nebulosa e milionária disputa dos direitos de transmissão do Campeonato Nacional), a CBF reconheceu que Flamengo e Spor foram os campeões brasileiros de 1987. Dividiram o título meio a meio, agradando gregos, troianos, cariocas e pernambucanos.

Como não dá para se afirmar que o Flamengo é “quatro vezes e meia” campeão (ou “cinco vezes e meia”, posto que ganhou outro título em 2009), o time carioca agora quer a Taça das Bolinhas, já devidamente guardada na galeria de troféus do São Paulo.

O tricolor paulista garante que não devolve o que julga um direito seu e deve rolar mais uma novela envolvendo a Taça das Bolinhas.

Novelinha chata por sinal, já que em tese flamenguistas e sãopaulinos tem razão.

Para acabar com a pendenga, assim como a CBF ungiu Flamengo e Sport campeões de 1987, que defina Flamengo e São Paulo donos da taça. Faz-se uma cópia idêntica e não se fala mais nisso.

Porque de bolinha (e bem murcha) já basta a que está sendo jogada nos gramados brasileiros, em campeonatos estaduais mulambentos disputados Brasil

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