sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

PELOTÃO DE FUZILAMENTO


Não chegamos aos primeiros dez dias de janeiro deste novo ano, desta nova década, e os números são assustadores: nove pessoas assassinadas apenas em Itabuna.

Entre as vítimas, duas jovens que se prostituíam para manter o vício no crack e que provavelmente não honraram as dívidas com traficantes, uma dona de casa que pagou com a vida pelo vício do marido em maconha e foi baleada com vários tiros, e um adolescente assassinado na porta de casa, numa das muitas rixas entre gangues que não raro atingem pessoas inocentes.

Sob qualquer ótica, é uma violência absurda, com média superior a um assassinato por dia, numa cidade que em 2010 já sofreu demais com a criminalidade.

A maior parte dessas mortes em série esta diretamente associada ao tráfico e ao consumo de drogas, o crack exponencialmente.

Sabe-se, portanto, a raiz do problema e é preciso combatê-lo, seja com a ampliação do policiamento, seja com programas de recuperação de viciados, seja com ações que impeçam que crianças e adolescentes mergulhem no mundo das drogas.

Não é possível se falar em redução de violência sem que haja um foco especial na questão do crack, essa praga que corrói por dentro a sociedade brasileira e empurra milhões de pessoas para o precipício.

Que esse início sangrento de 2011 não seja o prenuncio de um ano sangrento, porque não é possível conviver/sobreviver com uma violência desse nível.

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