terça-feira, 2 de novembro de 2010

Dilma Vana Roussef


Dilma Vana Roussef, que na juventude se engajou na luta pela democracia e foi presa e barbaramente torturada nos porões da ditadura militar, é a primeira mulher eleita presidente do Brasil, uma das mais importantes nações do planeta.

Na campanha eleitoral, Dilma sentiu de novo na pele a força do porão e da tortura, desta feita sob a forma da calúnia, preconceito e de uma monstruosa máquina de produzir e espalhar mentiras, que repetidas à exaustão ganhavam tons de verdade absoluta junto ao eleitorado menos esclarecido e à classe média conservadora.

Dilma Roussef vai substituir o mais querido e popular de todos os presidentes brasileiros, Luiz Inácio Lula da Silva, ou simplesmente o Lula.

Uma responsabilidade imensa, não apenas pelo desafio de mostrar que uma mulher pode, sim, comandar o Brasil, mas por substituir um presidente que se converteu em mito.

Lula, mentor e principal responsável pela vitória de Dilma, deixa como legado um país quem, além dos avanços econômicos e sociais que entre outras coisas geraram 15 milhões de empregos e tirou 25 milhões de pessoas da miséria, resgatou a auto-estima dos brasileiros.

Um povo que perdeu o secular complexo de vira-latas, como a definiu Nelson Rodrigues e um que hoje tem um governo que, como perpetrou Chico Buarque, não fala fino com os Estados Unidos e grosso com a Bolívia e o Paraguai.

Numa das falas mais marcantes de importantes de toda a campanha, que curiosamente foi dita apenas nos comícios e não apareceu no horário eleitoral gratuito, Dilma disse o seguinte:
-Quando Lula foi eleito presidente, ele disse que não poderia errar, porque iriam dizer que trabalhador não pode ser presidente. Eu digo que também não posso errar, porque irão dizer que mulher não tem condições de governar o Brasil. E não vou errar.

Não dá para duvidar das palavras dessa mulher-guerreira, que ajudou a derrubar a ditadura, sobreviveu a todo o tipo de sordidez durante a campanha e que, a partir de 1º. de janeiro será presidente de todos os brasileiros, essa gente igualmente guerreira, que não desiste nunca e que, a despeito de tanta coisa ainda há ser feita, se orgulha de seu país.

Dilma Vana Roussef, do Brasil.

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