terça-feira, 21 de setembro de 2010

PELOTÃO DE FUZILAMENTO



Na busca desesperada pela “bala de prata” capaz de ferir de morte a candidata Dilma Roussef e beneficiar seu candidato preferido, o demo-tucano José Serra, a mídia pistoleira decidiu ampliar o arsenal de denuncias, atirando para todos os lados e deixando de lado qualquer tipo de prurido.

Já não há preocupação e dar um certo verniz de imparcialidade no processo eleitoral.

Diante da imensa vantagem obtida por Dilma sobre Serra, confirmada por todas as pesquisas de intenção de voto e da possibilidade concreta de que a eleição seja decidida já no primeiro turno, os ´barões da mídia´, TV Globo, Veja e Folha de São Paulo à frente do pelotão, transformaram seus veículos no apêndice da campanha tucana, com uma virulência que às vezes nem a propaganda do candidato se atreve a reverberar.

O modus operandi da trinca é protocolar: a Veja dá a manchete de capa na sexta-feira, o Jornal Nacional, com a ´dupla 45` Willian Bonner-Fátima Bernardes tendo orgasmos televisivos, repercute no sábado e a Folha de São Paulo, que se diz um jornal a serviço do Brasil (sic) mas se coloca a serviço do Serra, mantém o tiroteio nos dias seguintes, sempre com o apoio logístico do JN.

O script só desafina quando Willian e Fátima tem que ler as pesquisas do DataFolha e do Ibope, em que Dilma se mantém na dianteira, apesar do tiroteio. A cara do casalzinho é de que, naquela noite, nem o viagrinha da emissora outrora dona da opinião pública resolveu.

Mas, eles não desistem e não vão desistir.

Os próximos dias serão lixo puro, baixaria sem limites.

Não importa que tenham como base para suas denuncias o depoimento de bandidos, não importa que se force a barra para associar Dilma às denuncias sem provas de corrupção, não importa que transformem meras hipóteses em verdade absoluta.

O que importa agora é alvejar Dilma e, pelo menos, levar a eleição para o 2º. turno, onde uma nova rodada de vilanias que jogaria ainda mais lama nesse lodaçal em que parte de mídia mergulhou, numa performance vergonhosa, como nunca se viu em eleições recentes nesse país.

Um engajamento amplo, total e irrestrito a uma candidatura, confrontando a vontade popular como se o povo ainda fosse bobo.

Não é mais.

Nem bobo, nem subserviente, nem idiota.

A mídia pistoleira, cega e ensandecida, corre o risco de acabar no ´paredón´.

E ser vítima dos próprios tiros.

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