quinta-feira, 9 de setembro de 2010
NESSE EU ACREDITO: VOTE EM PAPAI NOEL
As eleições para vereador, deputado estadual e deputado federal costumam produzir não apenas uma acirrada disputa pelos votos do eleitor, mas geram situações que deveriam constar na categoria folclore.
Uma rápida vasculhada no site do Tribunal Superior Eleitoral e descobre-se registros de candidatos a deputado estadual na Bahia com nomes de anedota, embora todos eles acreditem piamente que poderão ser eleitos. E isso não é uma piada, embora pareça.
Tem de tudo nessa lista do Partido da Política-Piada, de Abençoado a Jean Nanico, passando por um tal de Nó Cego e o Porreta da Mata Escura.
Enquanto o Abençoado vai esperar a ajuda divina para realizar um bom mandato (e se livrar das tentações do poder), Nó Cego vai desatar os nós da administração pública (que às vezes além de cegos, são surdos, mudos e paralíticos).
Jean Nanico e Porreta da Mata Escura, bem esses dois, casos fracasses nas urnas, levam jeito pra formar uma banda de arrocha ou coisa do tipo. Porque, além de política ser coisa de gente grande, alguns de nossos políticos, em vez de um colega porreta, merecem mesmo é um porrete no lombo para deixarem da fazer sem-vergonhices.
Mas, desses todos, o melhor mesmo é Papai Noel, um candidato com mil e uma utilidades.
Só Papai Noel tem saco para agüentar o lado obscuro da política e também para açambarcar todos os pedidos feitos por aqueles eleitores quem ainda acham que voto é mercadoria. Com a diferença de que, ao contrário do original, esse “velhinho-genérico” promete e não entrega. No que, aliás, segue religiosamente a cartilha de seus colegas dessa nobre atividade.
Além disso, tirando as exceções que deveriam ser a regra, o sujeito que acredita em político honesto nesse país de dinheiro na meia, na cueca, em sacolas de supermercado e na bolsa de cosméticos, com certeza também acredita ( e vota) em Papai Noel.
E em Saci Pererê, Mula Sem Cabeça, Lobisomen, Bela Adormecida, Cinderela, que por ora preferem deixar que Papai Noel se vire sozinho no mundo do humor, ou melhor, da política, ou melhor ainda, das duas coisas juntas.
PS-Só faltou nessa lista o popular e querido Nem, aquele cujo slogan de campanha é um primor de sinceridade:
“Nem faz, Nem vai fazer”.
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