sexta-feira, 10 de setembro de 2010
INDEPENDÊNCIA E MORTES
O feriadão da Independência do Brasil terminou de forma trágica para quatro pessoas, vítimas dessas máquinas de matar em que se transformaram as estradas brasileiras.
Quatro mortos e quase duas dezenas de feridos.
Entre os mortos, uma mulher grávida.
Esse foi o saldo dos trinta acidentes nas rodovias federais e estaduais que cortam o Sul da Bahia.
Na maioria dos acidentes, a inconfundível marca da imprudência, do desrespeito às leis do trânsito.
Excesso de velocidade, ultrapassagens em locais de risco e consumo de álcool compõe o cardápio que resulta num saldo alarmante mortes, que ceifa vidas que ainda nem viram a luz do mundo, como no caso do bebê ainda em gestação.
A cada final de semana, a cada feriado prolongado, as cenas se repetem nas rodovias brasileiras: carros e corpos destroçados, choro, dor e lamentação.
Vidas perdidas para sempre.
Parece que de nada adiantam as campanhas educativas, porque mesmo conscientes dos riscos a que se expõem e expõem outras pessoas, motoristas continuam cometendo as maiores barbaridades ao volante.
Um dos casos emblemáticos é o trecho nas proximidades de Arataca e Camacan, na BR 101 no Sul da Bahia. Até as pedras e as árvores que margeiam a rodovia sabem que aquele trecho é altamente perigoso, o que exige cuidados redobrados dos motoristas.
Ainda assim, dos 30 acidentes registrados pelas policias rodoviárias estadual e federal, oito deles aconteceram justamente naquele trecho.
Como apenas orientar e educar não basta (e isso está comprovado pelas estatísticas) é necessário que se aja com rigor, se for o caso cassando definitivamente a carteira de habilitação dos maus motoristas, daqueles que usam o carro como uma arma mortífera.
É preciso que esses criminosos (não há outra expressão para defini-los) sejam banidos das rodovias, para que as pessoas que respeitam as leis de trânsito não fiquem expostas aos riscos que hoje transformam qualquer viagem numa aventura de alto risco.
Chega de tanto sangue nas estradas brasileiras.
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