quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Uma estrada sem placas de retorno
A cada dia que passa, jovens vem sendo assassinados em escala industrial na guerra do tráfico em Itabuna.
Os crimes são motivados por disputas de pontos de venda, rusgas entre traficantes e mesmo dívidas, algumas delas irrisórias, de dependentes com os fornecedores.
É impressionante a precocidade com que nossas crianças entram para o mundo das drogas, um praga que rompeu as fronteiras das grandes metrópoles e se espalhou por todos os cantos do país.
É um mundo onde se começa cedo e onde também se morre cedo.
Poucos conseguem ultrapassar a barreira dos 20 anos.
Nos últimos anos, cidades como Itabuna e Ilhéus passaram a conviver com essa guerra cotidiana, alimentada pelo tráfico de drogas e que gera uma explosão de violência.
Algumas das “bocas” são conhecidas, fora a ação acintosa dos traficantes na porta das escolas, aliciando alunos que mal entraram na pré-adolescência para o vicio.
Se não temos aqui os grandes chefões da droga, temos traficantes que controlam pontos de venda e muitas vezes cobram com a vida uma divida de drogas.
A droga destrói, desestrutura qualquer família, arrebenta os lares mais sólidos.
Quem vive ou viveu essa drama, sabe o que é ter um irmão, um filho ou um amigo envolvido com as drogas.
Em casos extremos, viciados roubam a própria família para comprar droga.
O pior é que apesar de todas as campanhas de prevenção, algumas delas bastante duras, o consumo de drogas não para de aumentar.
Há quem consiga sair, mas em muitos casos é um caminho sem volta.
Um caminho onde não se deve dar o primeiro passo, já que na maioria das vezes não existe placa indicando o caminho de volta.
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