quarta-feira, 7 de julho de 2010

15 MINUTOS


São 14 horas e 10 minutos de uma tarde abafada em Itabuna, agravada pela sujeira que emana de uma avenida do Cinqüentenário em obras, com a poeira invadindo as lojas, verdadeiro desafio ao bom senso.

Na agência do Bradesco, a fila nos caixas eletrônicos é absurda, justamente nessas máquinas que, em tese, deveriam garantir agilidade no atendimento. Esqueçam a palavra ´caixas eletrônicos´. É caixa eletrônico mesmo, porque dois mais de dez ali instalados, apenas um deles está disponível para todas as operações.

No mínimo meia hora na fila.

No interior da agência, há um caixa preferencial para idosos e portadores de deficiências. Itabuna deve ser o paraíso da terceira idade, porque a fila é igualmente monumental. A espera pelo atendimento dura em média 40 minutos.

Sobe-se a escada e chega-se ao caixa para o atendimento, digamos, normal.

Só mesmo se for normal a pessoa passar quase duas horas (isso mesmo, duas horas!) na fila, para fazer uma operação indisponível no caixa eletrônico. Verdadeiro exercício de paciência, porque não adianta reclamar, posto que os funcionários, igualmente vítimas de uma jornada estafante, reagem com olímpica indiferença aos raros protestos.

As cenas do cotidiano no Bradesco (o tal “Banco Completo” da propaganda), se repetem em maior ou menor escala em outras agências bancárias de Itabuna, exemplos notórios da Caixa Econômica Federal, cuja agência na Praça Camacan em certos momentos se assemelha a uma sucursal do inferno, e do Banco do Brasil na praça Olinto Leone, onde é necessário ter paciência de monge franciscano quando se tem que recorrer aos caixas.

O que acontece nas agências bancárias é o exemplo clássico da falta de respeito com que o cidadão é tratado, seja na fila do banco, na fila do posto de saúde ou do pronto socorro e até na fila do supermercado.

Existe, em Itabuna, uma lei que determina em 15 minutos o tempo máximo para o atendimento nas agências bancárias.

Deve ser a chamada lei-piada, porque de tão ineficiente, é de provocar risos.

Pena que, para quem sofre nas filas intermináveis, não haja graça nenhuma.

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