Depois da estréia meia boca contra a Coréia do Norte, vitória magrinha e insossa por 2x1, a Seleção Brasileira entra em campo nesse domingo para enfrentar a Costa do Marfim.
E entra em campo para ganhar, a menos que deseje começar a fazer contas para passar a próxima fase.
Vencendo, estará garantido, perdendo se complica e empatando terá que incluir a calculadora entre seus apetrechos.
A explicação é simples: empatando, o Brasil vai a 4 pontos, e deixa a Costa do Marfim com 2. Mas aí, se Portugal vencer a Coréia do Norte de goleada (o que é bem provável) assume a liderança da chave com os mesmos 4 pontos e melhor saldo.
E aí, na terceira e ultima rodada, bastam um empate entre Brasil e Portugal e uma vitória por dois gols de diferença da Costa do Marfim sobre a Coréia do Norte para que o time de Dunga fique fora da Copa.
Coisa de matemático lunático? Não.
Difícil, mas possível.
Daí que é bater a Costa do Marfim e enfrentar Portugal com tranqüilidade, já pensando na próxima fase.
É verdade que pelo que (não) jogou contra a Coréia do Norte, o Brasil terá dificuldades diante de uma Seleção bem melhor tecnicamente. Mas, por outro lado, já não terá a pressão da estréia.
Dá para ganhar -e bem- dos africanos, mas para isso é preciso que Robinho confirme que reencontrou seu bom futebol, que Luis Fabiano finalmente faça as pazes com o gol e que Kaká estréie na Copa do Mundo, visto que esteve em campo, mas não jogou contra os norte-coreanos.
E que a defesa não tome gol do jeito que conseguiu tomar na estréia.
Mesmo sem um time que encante, nessa Copa de nível técnico mediano, em que a Espanha consegue perder da Suíça, a Alemanha se enrosca diante da Sérvia e a França já está com a passagem de volta comprada, o Brasil pode chegar ao hexa.
Futebol bonito e consistente mesmo, por enquanto só a Argentina de Maradona e de Messi.
Basta o Brasil ser um pouco de Brasil que dá.
E é bom começar a mostrar isso contra a Costa do Marfim.
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