terça-feira, 15 de junho de 2010

Dia de estréia, dia de goleada


Depois de uma convocação contestada, de rixas inúteis de seu treinador com a imprensa, das dúvidas sobre as condições físicas de seu principal astro e até de inacreditáveis treinos secretos nas frias noites sul-africanas, a Seleção Brasileira finalmente faz sua estréia na Copa, diante da igualmente misteriosa Coréia do Norte, time de quinta categoria no mundo do futebol.

Seleção Brasileira em campo é aquela coisa de parar o país, de fazer bater forte o coração do mais indiferente dos torcedores. Poucas vezes o brasileiro se une tanto em torno de um símbolo como numa Copa do Mundo.,

E a Seleção Brasileira, maior vencedora da história das Copas, com cinco títulos, é o símbolo de um país vencedor, que dribla todas as dificuldades e toca a vida pra frente.

Daí que, ao contrário do que imagina o técnico Dunga, bem ou mal convocada, bem ou mal escalada, essa é a seleção pela qual milhões de brasileiros irão torcer na Copa do Mundo. E com a qual vão sonhar com o hexacampeonato, marca impressionante para um torneio disputado a cada quatro anos e que está em sua 19ª. edição.

Não é evidentemente, a Seleção Brasileira ideal, onde haveria espaço para Ganso, Neymar, Ronaldinho Gaúcho e Hernanes, mas é o que teremos para tentar superar Alemanha, Itália, Espanha e Argentina, que dividem com o Brasil as honras de favoritas.

É a Seleção de uma superdefesa, da classe de Kaká (se estiver bem fisicamente), dos lampejos de Robinho e do faro de gol de Luis Fabiano. E de um monte de brucutus espanando o meio de campo.

Nada melhor do que uma Coréia do Sul logo na estréia, para sapecar uma goleada, pegar confiança e embalar. Adversário mais a caráter não poderia haver para começar bem o Mundial e fazer prevalecer a tradição e a camisa amarela.

No mais, faço minhas as palavras (sérias) do humorista Marcelo Madureira, do Casseta & Planeta: “Dunga é um anão problemático, complexado e inseguro”. E eternamente de mau com o mundo.

Mas, apesar dele, vamos ao Hexa!

Um comentário:

Sem Prestigio disse...

Leio sempre os artigos de Thame, escreve bem e leve, mas acho que houve exageros hoje de sua parte. Primeiro chama a Coréia do Norte de seleção de "quinta categoria". Avaliação, senão incorreta, ao menos indelicada, pois a seleção chegou por méritos próprios e pode não ter muita experiencia em futebol, mas esta nomenclatura reservamos para algo que nos indigna e nos enche de vergonha, assim, independente do regime político da Coréia do Norte (que nos enche de pavor e envergonha o mundo)não nos dá o direito de chamá-los de "quinta categoria", a seleção de futebol não é responsável pelo regime político. Segundo, o autor confunde as Coréias na segunda parte do texto, chamando-a de Coréia do Sul; tudo bem, apenas um detalhe, mas nenhum brasileiro gosta de ser confundido com argentino, e olha que nunca tivemos uma guerra contra a Argentina, imagine os coreanos (do norte e do sul) que travaram uma sangrenta batalha entre 1950/53, cujo armistício não foi assinado até hoje. A segunda parte era só brincadeira, não gostei da expressão "quinta categoria", pega mal, fica parecendo intolerância, coisa que sei que não és. Abraço

PS: já postei o comentário no Pimenta na Muqueca