segunda-feira, 22 de março de 2010

Bola Murcha, Boa Cheia


Dois jogos, um empate suado em casa contra o Madre de Deus, que ainda perdeu um pênalti, e uma sapecada de 4x1 do Ipitanga no campo do adversário. Apenas um pontinho ganho e a lanterna do chamado “Quadrangular da Morte”.

Assim, o Itabuna caminha célere para o cemitério da Segunda Divisão do Campeonato Baiano em 2011.

A matemática ainda aponta o caminho da salvação: três vitórias e um empate nos quatro jogos que restam podem garantir o Dragão Sem Fogo na Primeira Divisão.

Mas, pelo futebol que o time (não) vem jogando, essa possibilidade começa a entrar para a categoria milagre, ir para a conta do imponderável que costuma ocorrer de vez em quando nesse esporte que fascina justamente por desafiar a lógica.

Convenhamos: o Itabuna está fazendo um esforço sobre-humano para cair, mesmo disputando esse quadrangular macabro com sumidades como Ipitanga, Madre de Deus e Colo Colo.

O time ilheense, com uma vitória e uma derrota, pelo menos respira, enquanto o “ex-quadrão” itabunense dá seus últimos suspiros.

Para ampliar o sofrimento dos torcedores de Itabuna e Ilhéus, as duas equipes se enfrentam nesta semana, em dois jogos que podem significar a queda de um e a salvação de outro.

Ou a desgraça de ambos, em caso de dois empates, a depender dos resultados das partidas entre Ipitanga e Madre de Deus.

O fato é que ao Itabuna só resta acreditar que, embora raros, milagres existem.

E. se não for pedir demais, jogar um pouquinho de futebol que seja, para facilitar um pouco a tarefa do santo milagreiro escalado para a missão quase impossível.

BOLA CHEIA

Da bola murcha para a bola cheia: nesse pântano que é o futebol brasileiro, salvo apenas por alguns lampejos do jovem e ainda não devidamente testado time do Santos, é um bálsamo poder assistir, pela ESPN, os jogos do Barcelona da Espanha.

O time espanhol resgatou o futebol-arte e transforma seus jogos em espetáculos capitaneados pelo argentino Lionel Messi, um talento à altura de seu compatriota Diego Maradona e de gênios brasileiros como Zico, Falcão e Rivelino.

O Barcelona de hoje é o time que mais se aproxima daquele memorável Santos dos anos 60, que encantou o mundo com Pelé, Pepe, Coutinho e Cia.

Tá bom, Messi não é nem nunca será um Pelé.

Mas Pelé não conta, posta que veio de outra galáxia.

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