segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Balança mas não cai?


Itabuna e Colo Colo começaram o Campeonato Baiano com ganas de brigar pelo título e trazer a taça para o Sul da Bahia, o time itabunense pela primeira vez e o ilheense repetindo o feito de 2005.

Fizeram uma boa pré-temporada, contrataram jogadores experientes, técnicos tarimbados e conseguiram até patrocinadores de peso, que não tiveram receio em espalhar seu apoio em out-doors e outras peças publicitárias.

Em Itabuna e Ilhéus, otimismo dos torcedores.

Parecia que o Dragão e o Tigre iriam engolir os adversários e fazer tremer o Bahia e o Vitória, os gigantes de Salvador e candidatos naturais ao título.

Pouco mais de um mês depois do início do Baianão e rompida a primeira fase, o que era sonho virou pesadelo para os dois times.

O Itabuna chegou a iludir o torcedor, com dois triunfos logo de cara, contra o Atlético de Alagoinhas e o poderoso Vitória. Depois, empacou.

Em nove jogos, ganhou dois, empatou um e perdeu seis. Marcou seis gols e levou treze. Trocou de treinador, mandou jogadores embora, trouxe reforços, mas parou nos sete pontos, namorando a perigosa zona do rebaixamento para a Segunda Divisão.

A classificação para as finais tornou-se um delírio de ultra-fanático e a conquista do título uma miragem.

A realidade é brigar para não cair.


Já o Colo Colo disse a que não veio desde o início: tomou de 5x0 do Bahia logo na estréia. Depois, ganhou apenas um mísero joguinho e ainda assim a duras penas.

No mais, foram sete derrotas, algumas delas por goleada. Marcou onze gols e tomou vinte e três. Trocou meio time, técnicos entram e saem e o time continua na pasmaceira.

Classificação? Título? Nem na ficção “jorgeamadiana”!

O torcedor ora e implora para que o time não caia para a Segunda Divisão, juntando suas preces aos itabunenses.

Para o Itabuna e o Colo Colo e seus desafortunados torcedores, o Baianão de 2010 só não acabou porque, triste ironia, ambos estão irmanados no mesmo propósito: não cair.

Mas, que eles estão balançando, não há como negar.

O Tigre e o Dragão que se aquietem, porque o momento está para São Jorge e São José, respectivamente padroeiros de Ilhéus e Itabuna.

Santos padroeiros, como se depreende, são mais apropriados do que animais, quando se entra no quesito milagre.

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