segunda-feira, 15 de junho de 2009

JORNALISMO: COM OU SEM DIPLOMA?


“Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) devem decidir nesta semana sobre a exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista. O julgamento que deveria ter acontecido na semana passada foi adiado. Eles vão julgar recurso interposto pelo Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão no Estado de São Paulo (Sertesp) e pelo Ministério Público Federal contra a obrigatoriedade do diploma. O relator do caso é o ministro Gilmar Mendes. Em novembro de 2006, o STF decidiu liminarmente pela garantia do exercício da atividade jornalística aos que já atuavam na profissão independentemente de registro no Ministério do Trabalho ou de diploma de curso superior na área”. (Folha de São Paulo)

_________

Bebi desta cachaça chamada jornalismo lá pelos idos de 1997 e nunca mais larguei. Não sou formado em Jornalismo, embora seja mais do que escolado em Jornalismo, se é que me entendem.

Nesse período, convivi e trabalhei com pessoas com e sem diploma.

Deu pra concluir com segurança que diploma não transforma ninguém em jornalista. Escrever é essencialmente talento, vocação.

Por outro lado, o curso superior fornece um embasamento teórico que, aliado à prática, contribui para o exercício da profissão.

Mas, descendo do muro: sou contra a exigência do diploma.

Não serão quatro anos de faculdade que farão alguém aprender a escrever com a clareza e a objetividade que o jornalismo exige.

No mais, como tudo na vida, essa é uma profissão que necessita acima de tudo de compromisso com a ética, visto qua a tal da imparcialidade é aleivosia.

E ética, infelizmente, não tem faculdade que ensine. Ou se tem, ou não tem.

Quando aos sindicatos (e escrevo aqui como quem foi durante anos membro da diretoria do Sindicato dos Jornalistas da Bahia), até entendo que eles defendam a exigência do diploma, mas fariam igualmente bem -ou melhor- caso se mobilizassem para que os cursos de graduação ofereçam condições concretas para uma formação adequada.

E essas condições inexistem na maioria das faculdades, inclusive as públicas.

Nenhum comentário: