quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Que droga!!!


É a droga, quase sempre a droga, quem está por trás da violência em Itabuna.

Enquanto a polícia não se estrutura para o combate efetivo e sem tréguas ao tráfico, a venda de drogas é feita quase às claras, como se os traficantes se tornassem invisíveis para os policiais.

É a droga quem está por trás dos assaltos diários no centro e na periferia da cidade, onde viciados travestidos de marginais se apoderam de telefones celulares, relógios e outros objetos para trocar por maconha, crack, cocaína.


Roubam -e roubam diariamente- para sustentar o vicio insaciável.

O problema não está no viciado, mas no traficante. É ele quem deve ser combatido, atacado, eliminado.

O viciado precisa de apoio, tratamento, diálogo.

Caso a polícia queira mesmo reduzir os índices de violência na cidade, deve atacar com firmeza o comércio de drogas, ainda que tenha que combater também a relação promíscua entre alguns policiais-bandidos e os traficantes.

Não se trata de uma tarefa fácil. O consumo de drogas se dá em todas as classes sociais, do paupérrimo morador de um barraco nas bordas da periferia ao habitante de uma mansão de luxo num bairro nobre da cidade.

Na ânsia de comprar drogas, filhos chegam a roubar e agredir os pais.

Neste sangrento início de 2011, a droga foi a motivação da esmagadora maioria dos mais de vinte assassinatos registrados em Itabuna.

Perdeu-se a noção do valor da vida. Alguém que se recuse a entregar o telefone celular pode ser morto de maneira banal. A droga fala mais alto.

Essa não á uma tarefa que cabe apenas à polícia, mas é um processo que envolve não apenas segurança, mas acesso à educação e os demais serviços básicos.

Trata-se de um problema social.

Um gravíssimo problema social que, definitivamente, precisa ser encarado de frente.


PACTO PELA VIDA

O governador Jaques Wagner está propondo um Pacto pela Vida. Iniciativa mais do que necessária, que passa pela mobilização governamental e pela a participação de toda a sociedade organizada.

Não podemos mais ficar de braços cruzados, sob pena de tornarmos irremediavelmente reféns da bandidagem escudada no tráfico de drogas.

É uma batalha árdua, mas que a união de esforços tornará vitoriosa.

O Pacto pela Vida é o Pacto pela Cidadania, por uma Bahia sem tanta violência e, em plenitude, de todos nós.

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